sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Mulher Sem Terra na luta por Reforma Agrária

Mulher Sem Terra na luta por Reforma Agrária
25/08/2006
Arquivo do MSTA discussão em torno da participação das mulheres Sem Terra na luta por Reforma Agrária e pelo fim da discriminação vem desde o começo do MST. “A própria forma de organização do Movimento leva essas mulheres a buscarem a superação das desigualdades, tanto econômica como de participação no MST”, afirma Lourdes Vicente, integrante do Setor de Gênero do Movimento. Leia abaixo a entrevista sobre as mulheres no MST, a educação das crianças Sem Terrinha e as ações do Dia Internacional da Mulher.A mulher Sem Terra é mais oprimida que o homem Sem Terra?Sim. Ela é duplamente oprimida, pela exploração do capital e por ser mulher. As condições de vida das mulheres que moram nos acampamentos e assentamentos são piores que as dos homens. Dentro do Movimento há, de certa forma, uma reprodução de papéis sociais. Mas se compararmos as mulheres do MST a outras mulheres camponesas existe uma diferença grande: as Sem Terra têm uma chance de se reconhecerem oprimidas e de construírem uma identidade com a discussão de seu papel social, questionando e problematizando. A própria forma de organização do Movimento leva essas mulheres a buscarem a superação das desigualdades, tanto econômica como de participação no MST.Além do auto-reconhecimento como oprimida, existem formas de combater o preconceito? Que formas são essas?Quando começamos a discutir a questão, nos centrávamos na participação das mulheres. Depois começamos a falar sobre gênero. Nós temos presente duas questões fundamentais: a motivação de que as mulheres se tornarem sujeitos e criar condições para elas participem. Existe dentro do MST uma educação sem preconceito?Estamos discutindo como educar sem discriminar, fazendo um trabalho junto com o setor de Educação. A idéia é construir um trabalho nas escolas. Alguns assentamentos já têm experiência de trabalhar com as crianças essa educação sem discriminação, com respeito, quebrando alguns preconceitos em brincadeiras. No geral, há uma preocupação grande e tentamos fazer um trabalho com os educadores. Mas ainda é muito inicial. Na ciranda infantil, que acontece nos encontros do Movimento, nós preparamos os educadores construir um espaço de participação das mulheres e de formação das crianças. É uma experiência bonita, mas ainda pontual. Motivamos outras formas de vivência, tanto coletiva como de gênero. Fazemos outros tipos de brincadeiras, recontamos as histórias infantis para romper com a idéia de príncipe e princesa.(...)http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=1875

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