quinta-feira, 26 de junho de 2008

Retratos da preservação


Exposição em Berlim mostra a riqueza da biodiversidade brasileira registrada por projetos da FAPESP
Pesquisa FAPESP -
© Volker Bittrich
Tipo de Melocactus fotografado na Bahia
O Museu do Jardim Botânico de Berlim recebe até o dia 14 de setembro uma inédita mostra sobre a biodiversidade brasileira que se baseia em imagens e dados oriundos de três projetos financiados pela FAPESP: a Flora brasiliensis on-line, a Flora fanerogâmica do estado de São Paulo e o Biota-FAPESP. A exposição, cujo título é Brazilian nature mystery and destiny (Natureza brasileira: mistério e destino), dispõe de painéis com reproduções de imagens, ilustrações e textos explicativos. “Um significado especial da exposição é mostrar que o Brasil está atento à sua biodiversidade e que faz isso por meio de programas de pesquisa bem organizados e bem preparados”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Os 37 painéis da exposição, programada para ter início no dia 4 de junho, espalham-se pelo terceiro andar do museu alemão e também pelos quatro lances de escada que dão acesso ao pavimento. Os textos explicativos são todos em inglês, pois há a intenção de que a mostra viaje por outros países, mas foi preparado um catálogo da exposição em alemão. O conteúdo foi compilado com a ajuda de representantes dos três projetos. O Flora brasiliensis on-line, que há 2 anos disponibilizou no endereço da internet florabrasiliensis.cria.org.br a versão integral do mais completo e abrangente levantamento da flora nacional já realizado, é representado na exposição por uma seleção de imagens de espécies e de cenários produzidos, na maioria, no século XIX. O acervo de 3.840 pranchas e 10.207 páginas com os textos das descrições das quase 23 mil espécies foi feito sob a liderança do botânico Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868). Além das imagens históricas, o projeto Flora brasiliensis on-line contempla a atualização dos nomes das espécies e o acréscimo de informações mais recentes.

Cada desenho levado à exposição tem a companhia de uma fotografia atual das espécies ou ecossistemas retratados, num esforço para mostrar que boa parte do que Von Martius viu em sua viagem de 10 mil quilômetros pela Mata Atlântica, a Caatinga, o Cerrado e a Floresta Amazônica, ainda pode ser vislumbrada. A produção ou pesquisa das novas imagens ficou a cargo da equipe de Maria do Carmo Amaral, do projeto Flora brasiliensis on-line. Além da FAPESP, o projeto teve o patrocínio da Fundação Vitae e da empresa de cosméticos Natura.

O projeto Flora fanerogâmica teve início em 1993 e contou com a participação de mais de 200 pesquisadores, que descreveram cerca de 2 mil espécies fanerógamas – que produzem flores – na vegetação nativa paulista. Dessas, pelo menos 20 jamais haviam sido identificadas antes. Estima-se que os ecossistemas paulistas guardem 7,5 mil espécies de plantas desse tipo. O levantamento já resultou na publicação de cinco volumes com ilustrações e informações sobre plantas de todo tipo presentes no estado de São Paulo. Outros dez volumes serão publicados nos próximos anos. As dezenas de imagens apresentadas na exposição foram compiladas sob a coordenação de George Shepherd, do Instituto de Biologia da Unicamp e coordenador adjunto do programa Flora fanerogâmica do estado de São Paulo.
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